Figuras de Pensamento


Figuras de pensamento são aquelas que combinam ideias e pensamentos para tornar a comunicação mais expressiva e bonita.


As figuras de pensamento são um tipo de figuras de linguagem. Além dela, há também: figuras de palavras, figuras de sintaxe ou de construção e figuras de som.


Gradação ou Clímax


Na gradação, os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem crescente ou decrescente).


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EXEMPLO: As pessoas chegaram à festa, sentaram, comeram e dançaram.


Neste caso, a gradação vai ao encontro do clímax, ou seja, o encadeamento dos verbos se faz na ordem crescente e, por isso, trata-se de uma gradação crescente: chegaram, sentaram, comeram e dançaram.


Por outro lado, se a gradação é decrescente, é denominada de “anticlímax”, por exemplo: Estava longe, hoje perto, agora aqui.


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Prosopopeia ou Personificação


Consiste na atribuição de ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres irracionais ou outras coisas inanimadas.


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EXEMPLO: O vento suspirou essa manhã.


Nesse exemplo, sabemos que o vento é algo inanimado, ou seja, não suspira, sendo esta uma “qualidade humana”.


Eufemismo


Atenua o sentido das palavras, suavizando as expressões do discurso.


EXEMPLO: Ele foi para o céu.


Neste exemplo, a expressão utilizada “para o céu”, ameniza o discurso real: Ele morreu.


Hipérbole ou Auxese


A hipérbole é uma figura de linguagem baseada no exagero intencional do locutor, isto é, expressa uma ideia de forma exagerada.


EXEMPLO: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde.


Sabemos que a pessoa tinha o intuito de enfatizar que ligou muitas vezes, entretanto, com certeza não chegou a um milhão de vezes.


Litote


Assemelha-se ao eufemismo, uma vez que atenua a ideia do enunciado mediante a negação do contrário. É a figura de linguagem que se opõe à hipérbole.


EXEMPLO: Aquela bolsa não é cara.


Pela expressão destacada, podemos concluir que o locutor enfatizou que a bolsa é barata, ou seja, a negação do contrário: não é cara.


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Antítese


Corresponde à aproximação de palavras contrárias, que têm sentidos opostos.


EXEMPLO: O ódio e a amor andam de mãos dadas.


Neste caso, o termo “ódio” está utilizado ao lado de seu termo “oposto” na frase: amor.


Paradoxo ou Oxímoro


Diferente da antítese, que opõe palavras, o paradoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente absurdas.


EXEMPLO: Esse amor me mata e dá vida.


Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.


Ironia


Produz um efeito contrário com intenção sarcástica, maliciosa e/ou de crítica, uma vez que as palavras são utilizadas em sentido diverso ou oposto.


EXEMPLO: Ele é um santinho mesmo!


Dependendo do discurso dos falantes, fica claro que a palavra “santinho” foi utilizada em sentido oposto, ou seja, não tem nada de santo, é malcriado.


Apóstrofe


Caracterizam as expressões de chamamento ou apelo, função que se assemelha ao vocativo.


EXEMPLO: Ó Deus! Ó Céus! Por que não me ligou?


O chamamento utilizado antes, enfatiza a indignação do locutor com a falta do telefonema.


Exercício de figuras de pensamento


Identifique as figuras de pensamento no texto abaixo.


Essa relação deixa muito a desejar; a namorada já chorou rios de lágrimas.


Apaixonada, ela fala, explica, têm paciência, mas só a televisão parece que consegue conversar com ele, que não é mau rapaz, mas poderia ser melhor.


“Você está assistindo televisão desde que chegou! Deve estar muito cansado agora…” — diz ela.


Alguém tem paciência para isso? Às vezes o ama, às vezes não sabe… Antítese da vida, paradoxo do amor.


Para praticar:


Exercícios sobre figuras de pensamento


Exercícios de figuras de linguagem com gabarito


Continue aprendendo:


Figuras de linguagemFiguras de palavrasFiguras de sintaxeFiguras de som


Revisão por Márcia Fernandes


Professora, produz conteúdos educativos desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I).


 


Edição por Daniela Diana


Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.


Como citar?


Veja também


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