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Mostrando postagens de junho, 2025

Polissíndeto

O polissíndeto é uma figura de sintaxe caracterizada pela repetição de conectivos coordenativos, geralmente a conjunção e. Essa figura de sintaxe é muito utilizada como recurso estilístico, sobretudo nos textos poéticos e musicais. Esse uso repetitivo das conjunções dá uma ideia de acréscimo, sucessão e continuidade, oferecendo mais expressividade ao texto. Remover anúncios Exemplos de polissíndetos Confira abaixo alguns exemplos de frases com polissíndeto na música e na poesia: “As ondas vão e vem/E vão e são como o tempo.” (Música “Sereia” de Lulu Santos)“Enquanto os homens exercem seus podres poderes/índios e padres e bichas, negros e mulheres/E adolescentes fazem o carnaval.” (Música “Podre Poderes” de Caetano veloso)“Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,/Porque o presente é todo o passado e todo o futuro.” (Ode Triunfal de Fernando Pessoa)“Do claustro, na paciência e no sossego,/Trab...

Linguagem Publicitária

A Linguagem Publicitária é aquela utilizada nas mensagens publicitárias, a qual possui forte intencionalidade de provocar sensações no leitor, ou seja, de convencê-lo. Aspectos da Linguagem Publicitária Note que a linguagem publicitária não precisa ser necessariamente escrita, ou seja, esse tipo de discurso utiliza de outras modalidades ou pluralidade de códigos, seja a linguagem escrita, visual e auditiva, com o objetivo central de conquistar o público. Remover anúncios Os meios mais comuns de encontrarmos a linguagem publicitária é nas faixas, cartazes, anúncios, outdoors, revistas, dentre outros. Antes de mais nada, devemos lembrar que o principal intuito da linguagem publicitária é persuadir as pessoas. Nesse caso, pensemos nas empresas que utilizam da linguagem publicitária, para difundir determinada marca, produto ou serviço e aumentar suas vendas (lucro). Elas focam sobretudo, na linguagem persuasiva, ou seja, com o intuito de convencer as pessoas a compr...

Sarcasmo e ironia

O sarcasmo e a ironia são recursos estilísticos empregados pelos emissores dos textos (orais ou escritos) com o intuito de oferecer maior expressividade ao discurso enunciado. Eles são utilizados quando o autor do texto pretende oferecer uma maior dramaticidade ao discurso, utilizando, dessa maneira, as palavras em seu sentido conotativo (figurado), em detrimento de seu sentido real, chamado de denotativo. Remover anúncios Embora sejam termos que se aproximem e muitas vezes são empregados como sinônimos, o sarcasmo e a ironia possuem suas peculiaridades. Ambos estão intimamente ligados, entretanto, diferem na intenção estabelecida pelo escritor. Para o escritor contemporâneo brasileiro Gabito Nunes: Quando uso o humor como escudo, é ironia. Quando uso o humor como arma, é sarcasmo. Exemplo de ironia, sarcasmo e deboche Vale lembrar que o deboche é outro termo que também está relacionado com a ironia e o sarcasmo. No entanto, ele é utilizado no discurso com o intuito ...

Zeugma

Zeugma é uma figura de linguagem usada para omitir termos na oração com o intuito de evitar a repetição desnecessária de alguns termos, por exemplo: Maria gosta de ler; Paulo, de escrever. Nessa frase, o verbo gostar foi omitido na segunda parte: Maria gosta de ler; Paulo gosta de escrever. A zeugma é classificada como uma figura de sintaxe ou de construção, porque ela interfere na construção sintática das frases. Remover anúncios Exemplos de zeugma“O colégio compareceu fardado; a diretoria, de casaca.” (Raul Pompeia)“Um deles queria saber dos meus estudos; outro, se trazia coleção de selos.” (José Lins do Rego).“A vida é um grande jogo e o destino, um parceiro temível.” (Érico Veríssimo)“Pensaremos em cada menina/que vivia naquela janela;/uma que se chamava Arabela,/outra que se chamou Carolina.” (Cecília Meireles)“O meu pai era paulista/Meu avô, pernambucano/O meu bisavô, mineiro/Meu tataravô, baiano.” (Chico Buarque)Tirei 9 na prova; meu amigo, 10!Eu levo os salgados; a Ana...

Assíndeto

Assíndeto é uma figura de linguagem que se caracteriza pela ausência de conjunção coordenativa para unir as frases ou partes delas. A sua função é separar ideias e, deste modo, oferecer-lhes mais expressividade. Exemplo: "Vim, vi, venci." (Júlio César) Nessa frase, não foi utilizada a conjunção "e": "Vim, vi e venci." Remover anúncios Do grego, o vocábulo asýndenton é composto pelo a, que indica uma negação, e pelo verbo syndéo, que significa “unir”, “ligar”. Assim, o termo assíndeto significa a ausência de ligação. O assíndeto é classificado como uma figura de sintaxe ou de construção, porque ele interfere na construção sintática das frases. Exemplos de assíndeto“Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado, se quiser voar. Pra lua, a taxa é alta. Pro sol: identidade.” (música “Carimbador Maluco” de Raul Seixas)“Por você eu largo tudo. Vou mendigar, roubar, matar./ Que por você eu largo tudo. Carreira, dinheiro, canudo.” (música “Exagerad...

Solecismo

Solecismo é um vício de linguagem caracterizado por ser um desvio gramatical que ocorre no nível sintático da língua. Trata-se de um erro muito comum que cometemos com frequência numa conversa informal. Exemplo: Vou no banheiro. (o correto seria: Vou ao banheiro.) Isso acontece porque na linguagem oral e coloquial, não nos preocupamos tanto com a construção das frases. Entretanto, é importante saber as normas da língua para que nos textos você utilize a forma correta. Remover anúncios Lembre-se que os vícios de linguagem são desvios da linguagem que ocorrem por desconhecimento das normas gramaticais ou mesmo por descuido do falante. Além do solecismo, destacam-se como vícios de linguagem: barbarismo, pleonasmo vicioso, eco, cacófato, hiato, colisão, ambiguidade e plebeísmo. Exemplos de solecismo O solecismo pode ocorrer de três maneiras: erro de concordância (singular e plural), erro de colocação (pronominal) ou erro de regência (verbal ou nominal). Solecismos de con...

Cacofonia

Cacofonia, ou cacófato, é o encontro de sílabas de palavras diferentes que ao serem lidas parecem formar palavras engraçadas ou desagradáveis para aquele contexto. A cacofonia é um vício de linguagem, considerado um defeito, por isso, deve ser evitado. Exemplos: Por cada habitante, há um conjunto de necessidades únicas. (porcada)A boca dela estava suja de chocolate. (cadela)Amo ela. (moela) É muito comum cometer a cacofonia durante o discurso coloquial, ou seja, numa conversa mais informal, seja com amigos, vizinhos, parentes. No entanto, é preciso ter cuidado no discurso formal. Além do som desagradável, a cacofonia pode gerar, por falta de clareza, um outro vício de linguagem, a ambiguidade. A ambiguidade ocorre quando há duplicidade de sentidos, dificultando o entendimento da mensagem pelo ouvinte. Do grego, a palavra cacofonia (kakophónía) significa “aquilo que soa mal”. Nesse sentido, vale lembrar que na linguagem musical, o termo cacofonia é empregado para indicar a uniã...

Barbarismo

O barbarismo é um vício de linguagem relacionado ao uso incorreto de uma palavra ou enunciado, seja na pronúncia, grafia ou morfologia. Exemplos: gratuíto (o certo é gratuito)geito (o certo é jeito)a telefonema (o certo é o telefonema) Os vícios de linguagem são desvios gramaticais que pode ocorrer por descuido do falante ou pelo desconhecimento das normas da língua. Remover anúncios Conforme a sua ocorrência, fonética, morfológica ou semântica, os tipos de barbarismo são: silabada, cacoépia, cacografia. Silabada A silabada, denominada de barbarismo prosódico (ou simplesmente prosódia), indica os erros na pronúncia em relação à acentuação das palavras Exemplos: côndor (o certo é condor)rúbrica (o certo é rubrica)sútil (o certo é sutil)Cacoépia A cacoépia, chamada de barbarismo ortoépico, indica os erros cometidos pela pronúncia errada das palavras. Exemplos: bicicreta (o certo é bicicleta)decascar (o certo é descascar) Quando ocorre ao nível semântico, ou seja, ...

Litote

Litote é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de pensamento. Ele é usado para abrandar uma expressão por meio da negação do contrário. Ele permite afirmar algo por meio da negação, por exemplo: Eu não estou feliz com a notícia da prefeitura. Nesse exemplo, a expressão “não estou feliz” atenua a ideia de “ficar triste”. Lembre-se que essas palavras de significados opostos são chamadas de antônimos, por exemplo: bom e mau, feliz e triste, caro e barato, bonito e feio, rico e pobre, etc. O litote é muito utilizado na linguagem coloquial (informal) e geralmente o locutor tem o intuito de não dizer diretamente o que se pretende. Além disso, ele é empregado nos textos literários. Isso porque algumas vezes a expressão pode soar desagradável ou mesmo ter um tom agressivo para o ouvinte. Outras figuras de pensamento são: gradação (ou clímax), personificação (ou prosopopeia), eufemismo, hipérbole, antítese, paradoxo (ou oximoro), ironia e...

Literatura Africana

   Uma Viagem pela Diversidade e Riqueza Cultural Introdução  A literatura africana é um vasto e rico campo que reflete a diversidade cultural, histórica e social do continente. Com raízes profundas em tradições orais, a literatura africana abrange uma variedade de gêneros, estilos e temas, oferecendo uma visão única das experiências e identidades africanas. Este artigo explora as características, os principais autores, os desafios enfrentados e a importância da literatura africana no contexto global. Características da Literatura Africana 1. Tradição Oral  A literatura africana tem suas origens nas tradições orais, onde histórias, mitos e fábulas eram transmitidos de geração em geração. Essas narrativas orais são fundamentais para a preservação da cultura e da identidade africanas. 2. Diversidade Linguística  O continente africano abriga mais de 2.000 idiomas, e a literatura é escrita em várias dessas línguas, além do inglês, francês e português. Essa diversida...